Nesta sexta-feira, 18, terminou em Brasília o 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Nas comemorações pelos 100 anos do rádio no Brasil, a Abert fez uma homenagem especial ao veículo de comunicação centenário durante o evento. Segundo dados da associação, 83% das pessoas ouviram rádio nos últimos 30 dias e 57% dos ouvintes buscam informação, 55% buscam emoção e 38% buscam companheirismo. Por conta disso, em discurso no evento o CEO da Jovem Pan, Roberto Araújo, ressaltou a importância do rádio no período da pandemia e a necessidade de liberdade para as rádios: “Em uma empresa que você dá notícias e põe comentários diversos e de preferência opostos, a liberdade de expressão tem que ser total. Você não pode ter censura prévia sobre qualquer assunto. Se você infringir alguma lei e algum direito de resposta, existe a legislação para isso. Censura prévia jamais, e censura prévia em uma democracia é o começo do fim dela, principalmente em empresas de jornalismo. O que a Jovem Pan estranhou é que muitos meios de comunicação apoiaram a Jovem Pan e criticaram a censura prévia que ela sofria, mas alguns relativizaram ou sequer tomaram conhecimento, quando deveria o meio todo se juntar e falar ‘censura não'”.
Enquanto o rádio faz 100 anos, a TV completa 72 e a Abert comemora 60 anos de existência na defesa da necessidade de que o setor seja remunerado por direitos autorais ao levar em consideração o tamanho da indústria da radiodifusão. “A gente defende que o jornalista e o profissional do jornalismo seja remunerado por esses conteúdos que são utilizados nas grandes plataformas. Porque as plataformas usam os conteúdos, se remuneram através de publicidade desses conteúdos e não remuneram o profissional que está trabalhando de forma árdua, pesquisando, correndo atrás da notícia e com absoluta responsabilidade. O profissional do jornalismo tem nome, endereço, CPF e responsabilidade pelas informações que passa para o público em geral”, declarou Lara Resende.